91% dos brasileiros buscam hábitos de vida mais saudáveis e se alimentar bem está entre os principais desafios. Sejam motivadas por restrições alimentares ou mudança de estilo de vida, muitas pessoas têm eliminado ou diminuído o consumo de açúcar no seu dia a dia e os adoçantes podem ser uma escolha saborosa nessa nova fase.
Para que essa transição seja leve e livre falsas informações, o médico Marcio de Queiroz Elias, selecionou dúvidas de consultório frequentes, para desmistificar de vez o tema. Confira!
Os adoçantes são prejudiciais à saúde? MITO!Como qualquer outra substância que ingerimos na alimentação, adoçantes são seguros quando consumidos de maneira adequada.
Adoçantes engordam? MITO!Os adoçantes podem ser aliados no auxílio à perda de peso, já que contribuem com uma menor ingestão de calorias. O que faz você engordar é o estilo de vida que inclui alimentos inadequados, tanto em quantidade como em qualidade, associados à inatividade física. Muitas pessoas podem trocar açúcar por adoçantes com o objetivo de perder peso e podem ficar frustradas porque não fizeram parte de uma dieta equilibrada e atividade física.
Só pessoas com diabetes devem consumir adoçantes? MITO!Os adoçantes podem ser consumidos por pessoas que estão mudando seus hábitos alimentares e por quem deseja cortar o açúcar sem abrir mão do sabor.
Grávidas não podem consumir adoçantes. MITO!É preciso cautela e sempre consultar o seu médico em relação ao uso e a substância a ser usada.
Os adoçantes podem causar câncer? MITO!Recentemente, um artigo publicado no Annals of Oncology da Oxford Academy, que tem como um dos autores Carlo La Vecchia, da Universidade de Milão (Itália), traz evidências epidemiológicas sobre a ausência de associação entre adoçantes de baixa caloria e risco de várias neoplasias comuns.
A revista científica Nutrients publicou recentemente o primeiro consenso ibero-americano sobre adoçantes de baixa caloria, preparado por mais de 60 especialistas internacionais, que destacaram a segurança de adoçantes de baixa caloria amplamente revisados e aprovados que foram autorizados por agências reguladoras em todo o mundo, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), autoridades dos Estados Unidos (FDA) e europeias (EFSA).
Adoçantes causam dependência? MITO!Os adoçantes são exaustivamente estudados cientificamente há muitos anos, tendo sido publicado muitos estudos comprovando não serem desencadeadores de doenças ou até dependência.
Adoçante causa doenças cardiovasculares? MITO!Embora exista um volume de estudos examinando a associação entre o consumo de adoçantes de baixa caloria e doenças crônicas, as evidências permanecem inconsistentes, ou seja, ainda não temos estudos comprovando o desencadeamento de doenças cardíacas por adoçantes.
Todos os adoçantes são artificiais? MITO!Adoçantes podem ser de dois tipos: naturais ou sintéticos (artificiais). Artificiais são aqueles produzidos a partir de reformulações em laboratório, e isso não significa que sejam ruins. Na verdade, o termo artificial se refere apenas ao processo pelo qual eles passam. No caso da sucralose, por exemplo, ela é obtida por meio de uma molécula do açúcar de cana modificada em laboratório.
Já os naturais são aqueles encontrados em plantas, assim como em frutas e vegetais. Os processos de produção costumam ser de extração da substância.
A stévia, por exemplo, é obtida por meio da extração das moléculas de sabor doce das folhas da planta stevia reubadiana, que é mergulhada na água, como um chá. Já o eritritol, também de origem natural, é produzido a partir da fermentação de plantas como milho não transgênico, junto com leveduras. O resultado é um adoçante de sabor doce similar ao açúcar, mas com menos calorias e mais natural que outros tipos de edulcorantes.
Marcio de Queiroz Elias
Fonte: Pesquisa Kantar