Uso de protetor solar é apenas um dos cuidados a serem tomados para proteger a pele
Verão é sinônimo de sol, praia e momentos ao ar livre. No entanto, nessa estação do ano, são necessários cuidados especiais com a pele, já que a radiação pode causar danos. Uma das recomendações dos especialistas é o uso de protetor solar e sua reaplicação a cada duas horas ou após suor excessivo, banho de mar ou piscina ou secar-se com a toalha. Também é preciso ficar atento à quantidade correta a ser aplicada.
Para o rosto, cabeça e pescoço use uma colher de chá; para os braços, uma colher de chá em cada um deles; o tronco pede uma colher de chá em cada parte, da frente e de trás; e para as pernas, uma colher de chá em cada perna, de frente e de trás.
Naíla Nunes
Médica Dermatologista
Professora do curso de Medicina da UNIFACS
Ela diz que, de modo geral, para as crianças deve ser usada metade da quantidade do adulto. Também é essencial escolher produtos adequados ao tipo de pele. Para peles oleosas ou acneicas, filtros em gel ou toque seco ajudam no controle da oleosidade. Peles secas se beneficiam de loções cremosas e hidratantes com ativos como ácido hialurônico ou ceramidas. Peles sensíveis requerem protetores físicos (minerais), com óxido de zinco ou dióxido de titânio, que minimizam irritações. Já para peles maduras, fórmulas com antioxidantes e propriedades anti-idade, como vitamina E ou vitamina C, são as mais indicadas.
Naíla Nunes ressalta que os grupos considerados mais vulneráveis devem redobrar a atenção com os cuidados. É o caso das crianças, idosos e pessoas com histórico familiar de câncer de pele. “É importante lembrar que a proteção solar deve ser uma rotina diária, mesmo em dias nublados. A exposição cumulativa ao sol ao longo da vida é o principal fator de envelhecimento precoce e aumento do risco de câncer de pele”, alerta a professora da UNIFACS, cujo curso de Medicina é parte integrante da Inspirali.
Cuidados
O uso do protetor solar é apenas um dos cuidados que devemos tomar para proteger a pele contra a exposição aos raios solares. A dermatologista Naíla Nunes lista outras medidas essenciais, tais como:
- Uso de roupas de proteção UV, como camisas, chapéus de aba larga e óculos com proteção UV;
- Evitar exposição direta ao sol, especialmente entre 10h e 16h, quando os raios UV são mais intensos;
- Optar pelo uso de hidratantes pós-sol para recuperar a barreira da pele;
- Evitar qualquer tipo de bronzeamento, seja ele artificial (em câmaras de luz) ou natural (com uso de fitas adesivas para formação de marcas na pele);
- Evitar o uso de produtos fotossensíveis, como ácidos, sem orientação médica.
Sinais de alerta
Ao notar o aparecimento de sintomas como vermelhidão persistente, descamação, coceira, manchas escuras ou brancas e rugas precoce, é preciso ligar o alerta e buscar pela orientação de um dermatologista. Sinais mais graves e que podem indicar a presença de um câncer de pele incluem: lesões que não cicatrizam, áreas endurecidas e sangramentos.
“Além do câncer de pele, outros problemas comuns que podem surgir com a exposição sem proteção ao sol são a ocorrência de queimaduras solares, manchas (melasma, lentigos solares) e o envelhecimento precoce. Por isso, prevenir é sempre o melhor caminho”, finaliza a docente.
Fonte: Naíla Nunes - Médica Dermatologista
Fotos: Divulgação
