Neste mês, complexa doença tem data de alerta – 14 de novembro é o Dia Mundial do Diabetes -, condição essa que afeta cerca de 13 milhões de brasileiros, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes.
Além de acometer vários órgãos do organismo, também pode desencadear problemas na saúde dos ombros. Um deles é a capsulite adesiva, conhecida popularmente como ombro congelado, que provoca rigidez articular, com perda dos movimentos do ombro. Estudos já apontaram uma relação entre ambos os tipos de diabetes e esse problema no ombro, e os cientistas acreditam que possa ter alguma relação com o excesso de glicose acumulado nessa região do corpo, o que faz com que as fibras de colágeno fiquem “coladas”, restringindo os movimentos.
“A capsulite adesiva é causada pela inflamação da cápsula que reveste a articulação do ombro e que tem como função a nutrição e a estabilização dessa região”
explica o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo (SBCOC), Sandro da Silva Reginaldo.
Uma característica do ombro congelado é a maior incidência na região que não é dominante. Caso a pessoa seja destra, o membro atingido é o esquerdo. Outro ponto é que o problema é mais comum entre as pessoas do sexo feminino, com idade entre 40 e 70 anos. Isso porque também pode aparecer devido à menopausa, com a queda da produção de estrógeno, hormônio que funciona como uma proteção natural aos ossos, aumentando a ocorrência de osteoporose nessa fase da vida.
Fases da doença
O especialista destaca que a síndrome pode ser dividida em três fases. “Na fase inflamatória, o principal sintoma é a dor; na etapa de rigidez, ocorre redução da amplitude de movimento do ombro, o que melhora na última fase, de descongelamento”, fala. “Pode chegar um momento em que a rigidez progressiva pode se tornar mais incômoda que a dor. O ombro congelado é um quadro que pode variar de duração, de seis meses a dois anos”, acrescenta.
O presidente da SBCOC salienta que, na suspeita de ombro congelado, o primeiro passo é procurar por um especialista para que o melhor tratamento seja definido.
“Além de diminuir os sintomas, o tratamento pode auxiliar na recuperação mais rápida. Se não tratado, pode afetar a qualidade de vida, dificultando a execução de tarefas, das mais simples às mais complexas, tirando a autonomia dos indivíduos e impactando significativamente na qualidade de vida”
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