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Famosas como Mônica Martelli e Ingrid Guimarães desmistificam a menopausa

Dentro do universo feminino, ainda existe tabu em torno de uma fase natural na vida de todas as mulheres: a menopausa. Apesar disso, cada vez mais anônimas e famosas como Angélica, Eliana, Xuxa, Flávia Alessandra, Fernanda Lima, Mônica Martelli, Ingrid Guimarães e Wladia Goes têm compartilhado experiências e informações sobre esse estágio do ciclo menstrual que continua cercado de preconceitos e concepções negativas relacionadas ao processo de envelhecimento.  

Embora sejam frequentes as discussões promovidas pelas celebridades dentro e fora das redes sociais, muitas mulheres se sentem pouco acolhidas e cientes das várias maneiras de lidar com a transição do momento reprodutivo para o não reprodutivo. Especialista em ginecologia e fundador da Academia da Menopausa e Saúde da Mulher (AMSM), Dr. Jorge Valente afirma que a propagação de conhecimento é essencial para que as inverdades, incertezas e os medos impeçam a melhora da saúde, bem como a qualidade de vida das que estão entrando no período ou já vivenciam.  

Abordagem feita por muitas mulheres nas redes sociais ajuda a desmistificar a menopausa

Falar abertamente sobre o assunto ajuda a quebrar os mitos de que representa o final da vida, que os hormônios causam câncer, de que a mulher não consegue mais emagrecer ou fazer suas atividades diárias. Na realidade, com exceção da possibilidade de engravidar com seu próprio óvulo, uma vez que ocorre a falência ovariana, todo o resto é possível manter com auxílio de especialistas”, resume.  

Para se ter uma ideia dos impactos do desconhecimento, de acordo com pesquisa da empresa de saúde e higiene Essity, os brasileiros associam a menopausa a somente cinco sintomas. Tal dado comprova que a minoria sabe da existência de mais de 30 sinais ligados, a exemplo de coceira nas pernas e braços, secura nos olhos, formigamento nas mãos e pés, incontinência urinária e o chamado nevoeiro mental (alterações cognitivas).  

A farmacêutica e fundadora da Singular Pharma, Edza Brasil, reforça que a normalização do tema, deixando os tabus de lado, e o acesso facilitado a informações confiáveis confrontam a forma como esta fase é vista. “Embora seja o fim da parte reprodutiva, a menopausa não precisa ser temida, pois configura mais uma experiência de vida. O crescente diálogo, fora a quebra do preconceito, ainda possibilita a passar por essa fase com plenitude, confiança e potência”, diz a farmacêutica.

Mobilização coletiva  

Cada mulher passa pelo período à sua forma, umas encaram sintomas mais leves e outras consequências que interferem diretamente no bem-estar. Por isso, segundo o ginecologista, é importante a abordagem de profissionais de referência. Ele ressalta que o acompanhamento especializado influencia a adoção de um estilo de vida que inclui alimentação adequada, prática regular de atividade física, bom sono e imunidade, além de suplementação de vitaminas, minerais e hormônios em casos necessários.  

De acordo com Edza Brasil, existem vários ativos farmacêuticos que integram essa estratégia complementar de reposição. “A depender da necessidade, pode ocorrer a indicação de ativos como magnésio, vitaminas B6, C e D3, magnésio, coenzima Q10 e colágeno tipo 2. Por ser uma demanda individual, o correto é sempre buscar orientação médica e nutricional”, enfatiza.  

Assim como o apoio daqueles que integram a área da saúde, Dr. Jorge Valente acredita que o posicionamento das celebridades contribui no combate aos efeitos sociais e emocionais dos estigmas associados. “Quando uma famosa fala com conhecimento de causa, tendo passado por profissionais que a orientaram, causa uma grande reverberação. Em consequência, há uma identificação, as mulheres se sentem inseridas e encorajadas a procurar ajuda”, opina.  

Desafios velados na carreira 

Espera-se que, até 2030, a população mundial feminina na menopausa e pós-menopausa chegue a 1,2 bilhão. Mesmo com essa estimativa, a ausência de informação tende a afetar não só o lado pessoal, mas também o desempenho na carreira.

De acordo com uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2030, um bilhão de mulheres passarão pela menopausa

No que diz respeito ao papel das empresas, o médico destaca a necessidade de iniciativas de aceitação e amparo. “A menopausa é uma degeneração neuro-hormonal que também provoca distúrbios do ponto de vista psicológico, como irritabilidade, ansiedade e depressão. Desse modo, as ações de acolhimento por parte dos colegas e gestores estimulam a busca por profissionais de saúde e acesso a meios de retomar a performance no ambiente de trabalho”, finaliza o Dr. Jorge Valente. 

Fonte: Comunicativa Associados

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