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Passar muito tempo parado é um dos motivos por trás da trombose

No Brasil, uma média de 113 pessoas são internadas por dia na rede pública para tratamento de trombose venosa. Os números foram divulgados no ano passado pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, usando como base os dados disponíveis na plataforma Datasus, do Ministério da Saúde. A Trombose Venosa Profunda (TVP) é uma doença caracterizada pela formação de coágulos de sangue (trombos) no interior das veias mais calibrosas.

Cardiologista e professor de Medicina da UNIFACS, Marcos Barros explica que uma parte dos casos de trombose venosa é assintomática, ou seja, não apresenta sintomas. Nos casos em que há sintomas, é preciso ficar alerta a sinais como dor (geralmente em peso), manchas arroxeadas ou avermelhadas nos locais afetados e edema apenas em um membro. 

“O diagnóstico clínico tem baixa precisão. Menos da metade dos pacientes que apresentam tais sintomas tem realmente TVP confirmada, mas a embolia pulmonar pode ser fatal. Assim, procurar assistência médica com brevidade é a melhor conduta para quem apresenta sintomas de trombose, principalmente se está exposto aos fatores de risco”

afirma o especialista.  

A TVP é uma doença que merece atenção pela sua incidência, principalmente como complicação no curso de outras doenças. Apesar de poder acometer qualquer vaso sanguíneo, a trombose mais comum é a TVP, que ocorre quando o coágulo de sangue bloqueia uma veia. Se esse coágulo se desprender do local onde surgiu e se movimentar pelo corpo, ele pode afetar o pulmão, assim ocasionando uma embolia pulmonar (EP). 

Causas

De acordo com o professor da UNIFACS, as causas da trombose variam, sendo as mulheres mais suscetíveis que os homens. Os fatores de risco mais comuns são adquiridos e relacionados à imobilização prolongada, uso de anticoncepcionais, cirurgias, hospitalizações e fraturas. Fatores hereditários também estão envolvidos. 

“A gravidez e o uso de contraceptivos são os fatores determinantes para essa estatística em mulheres. Tabagismo, obesidade, imobilização por fraturas ou cirurgias são outros fatores de risco para trombose venosa na população em geral. Entre as doenças crônicas, cânceres (neoplasias), insuficiência cardíaca e insuficiência venosa (varizes) estão entre as mais relacionadas à trombo-embolia venosa”, sinaliza o médico. 

Prevenção

A prevenção da trombose pode ser feita com métodos cotidianos, implementando uma rotina mais saudável. Alguns exemplos práticos são a realização frequente de atividade física regular, a manutenção de alimentação balanceada e do peso adequado, além de boa hidratação. Por outro lado, a ingestão de álcool e o uso de cigarro deve ser evitados.  

“Em algumas situações de alto risco para trombose, como viagens longas, recuperação cirúrgica ou síndromes trombofílicas (facilidade para trombose), o uso de meias elásticas, fisioterapia específica e até medicações anticoagulantes em doses adequadas orientadas pelo médico podem proteger desses eventos vasculares.

explica Marcos Barros.

Tratamento

O tratamento da TVP/EP tem sua base em remédios anticoagulantes. Geralmente há indicação de internação por alguns poucos dias e manutenção do medicamento por alguns meses. Em alguns casos, pode-se usar indefinidamente o anticoagulante para evitar recorrências, mas sempre com orientação médica.

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