Equilíbrio

Cuidados afetivos no home care são fundamentais para o paciente

É importante que a família e a equipe multidisciplinar de assistência esteja atenta aos sintomas de um possível processo de adoecimento mental 

Com mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo sofrendo com depressão, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o debate sobre a importância do cuidado com a saúde mental é cada vez mais urgente. No caso do home care, a assistência psicológica pode ser crucial para o sucesso de um tratamento e de uma qualidade de vida para o paciente e para a família. 

A quarentena imposta pela covid-19 apresentou à muitas famílias os efeitos nocivos do confinamento em casa. As discussões sobre saúde mental neste contexto ganharam o centro dos debates. Contudo, o isolamento doméstico não é uma novidade para o seguimento de internação domiciliar, porque as famílias neste contexto já lidam com as emoções do isolamento há muito tempo. 

Gilmara Rodrigues, psicóloga na Assiste Vida, explica que a questão da saúde mental é ainda mais delicada no caso de pacientes em internação domiciliar, já que em todo o processo de adoecimento é muito comum que os pacientes fiquem de frente para sentimentos e emoções diversas como ansiedade, angústia, medos, inseguranças e pensamentos que possam gerar sofrimentos emocionais. 

“Independentemente do contexto, estar num processo de internação domiciliar pode mobilizar na maioria dos pacientes essa sensação de perda de controle sobre sua própria condição de existência e, logicamente, todo o processo de internação traz alguns desafios pelas mudanças na rotina da dinâmica da família”, esclarece. 

Por isso é importante que a família e a equipe multidisciplinar de assistência esteja atenta aos sintomas de um possível processo de adoecimento mental, como muito choro, irritabilidade e sintomas de agressividade.

“A gente tem muita atenção a esse contexto, para que possamos oferecer condições de auxiliar esse paciente e essa família, para que eles tenham, diante desse percurso, meios de ter um uma melhor qualidade de vida”

conta Gilmara

Cuidado com a família 

Quando se fala em tratamento domiciliar, a família é uma parte essencial para o cuidado e a saúde mental dos que vivem no círculo próximo do paciente também deve ser observada com cautela. Ainda que a presença da família seja benéfica para o apoio do paciente, deve-se ter um cuidado a mais, uma vez que, muitas vezes, pais, mães, filhos ou irmãos também precisam de acolhimento. 

“A família também é parte do núcleo do cuidado da equipe na assistência domiciliar, sabemos que aquele que é o cuidador principal geralmente é o que tem uma carga emocional maior. E é com esse familiar que a gente precisa oferecer um espaço para escuta para que ele possa partilhar seus sentimentos, suas emoções, para que a gente possa também trazer esclarecimento sobre esse processo”, completa a especialista da Assiste Vida.

Fotos: Divulgação. Fonte: Comunicativa Associados

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